sábado, 14 de agosto de 2010

Cegos do Castelo

Eu não quero mais mentir
Usar espinhos que só causam dor
Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu
Dos cegos do castelo me despeço e vou
A pé até encontrar
Um caminho, o lugar
Pro que eu sou


Algumas vezes eu parava por dois ou três segundos e me perguntava: E se eu simplesmente não entrasse? Se eu desse as costas e voltasse para casa? Nah, esquece. Não quero me atrasar, de qualquer forma. É só preguicinha ou sabe-se lá o que.


Ontem eu parei por dez minutos.
Congelada na rua, avessa ao movimento dos carros, com aquele e se entalado, reverberando, tomando o corpo todo.




E se...?


Eu cuidaria do seu jantar. Do céu e do mar. E de você. E de mim.

Alma Lupina. Há.

Um blog que nasceu por pressão. Alheia, de quem muito me pedia para voltar a escrever. Própria, porque válvulas de escape se fazem necessárias.
Não muito importa a minha idade. Sinto-me velha demais para ela, é o que basta.
Sou humana, psicóloga de formação e pulsão. Estou na área de RH. Meu sonho atualmente é voltar a trabalhar em hospitais ou atuar no terceiro setor. O maior, não que outros não existam. Alma Lupina porque Clarisse Pinkola Estés explica mais do que eu. Amante dos lobos desde a infância nunca me conformei ao papel de vilões. Não sou furry, mas entendo o pessoal. Não tenho uma fursona, mas uma alma que uiva (e, muitas vezes, principalmente no trabalho, rosna!). Sou membro de grupos, luto por eles, sei brincar, caçar e seguir meu caminho, nem que seja mancando.
Alma lupina. Há uma lupina, aqui, aí também, quem sabe, nunca se sabe.
Há de ser um pouco de personagem do Tony Jaa também, artista marcial perdida em um mundo de valores esquecidos.
Tenho menos tatuagens do que gostaria ter, menos piercings do que esperaria e um cabelo preto bem escuro, mas sujeito à ruivices esporádicas. Vai depender do quanto de Id é expresso ou não.
(a vontade mesmo era usar azul).
Espero que essas palavras sejam úteis. Espero encontrar aqui um espaço para mim, um lugar para beber água, lamber feridas ou latir de cauda em movimento para companheiros.
Pretendo reciclar alguns textos também, quando pertinentes. recorda, repete, elabora.
Pra encontrar um pouco de mim em alguém. Mas, principalmente, para encontrar um pouco de mim, seja aonde for.
Sinto minha falta.
Eu não sei em que curva tudo se perdeu assim.
Mas quem fareja sempre acha.